quinta-feira, 27 de junho de 2013

Transdisciplinaridade, o que é?

O prefixo trans quer dizer aquilo que está entre, através e além. Nesse sentido, um ensino transdisciplinar não se restringe nem à simples reunião das disciplinas nem à possibilidade de haver diálogo entre duas ou mais disciplinas porque ultrapassa sua dimensão. Faz com que o tema pesquisado passe pelas disciplinas, porém sem ter como objetivo final o conhecimento específico dessa mesma disciplina ou a preocupação de delimitar o que é o seu objeto ou o que é de outra área inter-relacionada.  A transdisciplinaridade se preocupa com a interação contínua e ininterrupta de todas as disciplinas num momento e lugar.

O que é conhecimento?

O conhecimento é um conjunto de informações armazenadas por intermédio da experiência ou da aprendizagem, ele deve a sua origem a percepção sensorial, seguindo-se o entendimento e acabando, por fim, na razão.
É uma relação entre um sujeito e um objeto. O processo do conhecimento envolve quarto elementos: sujeito, objeto, operação e representação interna. 

Edgar Morin




Edgar Morin, pseudônimo de Edgar Nahoum, nasceu em Paris, em 8 de julho de 1921, é um sociólogo e filósofo francês. Pesquisador emérito do CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique). Formado em Direito, História e Geografia, realizou estudos em Filosofia, Sociologia e Epistemologia. É considerado um dos principais pensadores sobre a complexidade. Autor de mais de trinta livros, entre eles: O método (6 volumes), Introdução ao pensamento complexoCiência com consciência e Os sete saberes necessários para a educação do futuro. É considerado um dos pensadores mais importantes do século XX e XXI.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Religando Conhecimentos


Conforme Edgar Morin os saberes estão envoltos de “um tecido comum que une os conhecimentos”. Portanto ressalta que é necessário nos tempos atuais, que os professores saibam religar os conhecimentos passados aos alunos, para que os próprios alunos atribuam significado ao assunto em questão.
Atualmente nas escolas, os saberes estão fragmentados como citado no livro Cabeça Bem Feita, os conhecimentos estão sendo apresentados na escola, hoje em dia como gavetas separadas, onde para abrir a gaveta de português é necessário fechar a de matemática.
A partir do terceiro ano do ensino fundamental torna-se mais difícil ainda, unir os conhecimentos, pois as matérias são divididas em períodos e os professores, pelo menos na sua maioria, trabalham independentes uns dos outros. Apesar das dificuldades que alguns professores tem de trabalhar transdisciplinarmente, hoje já existem escolas que formam turmas por grupos de estudos sobre temas, sem dividir por disciplinas, trabalhando transdisciplinarmente.
Trabalhar a transdisciplinaridade, envolvendo os conhecimentos e as necessidades dos alunos, e também com o desejo e realidade deles, faz com que os alunos aprendam com mais facilidades e de forma mais eficiente fazendo relações com seu cotidiano, talvez não se dêem por conta do conteúdo que estão aprendendo se não for informado a eles, mas estarão trabalhando de forma a ampliar seu conhecimento.
Além de auxiliar o aluno a estudar com prazer, ele saberá onde usar estes novos aprendizados na sua vida. Diante destes pensamentos nos confrontamos com os sete saberes também de Edgar Morin, que nos traz os desafios do trabalho em sala de aula que o autor começa tratando como buraco negro. Os sete saberes são:
  • O Conhecimento Pertinente;
  • A Identidade Humana;
  • A Compreensão Humana;
  • A Incerteza;
  • A Condição Planetária;
  • A Antropo-ética.

O desafio é organizar estas percepções e a real propriedade destes significados em sala de aula.